Skechers (NYSE: SKX) brilha enquanto a Nike (NYSE: NKE) sofre
Nos negócios, as dificuldades de uma empresa frequentemente se transformam em oportunidades para outra.
Esse é o caso da empresa de calçados nº 1, Nike (NYSE: NKE), que tropeçou nos últimos dois anos, em grande parte graças a feridas auto-infligidas, e da nº 3, Skechers (NYSE: SKX), que prosperou com suas ofertas mais baratas e mais confortáveis.
Desde 31 de janeiro de 2022, as ações da Skechers subiram 69%, em comparação com uma perda de 51% para a Nike. A nº 2, Adidas (CBOE: ADS), caiu 10%.
O ponto forte da Skechers são os tênis slip-on, com preços entre US$50 e US$100, enquanto a Nike foca em calçados esportivos de alto desempenho, geralmente com preços acima de US$100.
Nos últimos anos, a Nike reduziu parcerias com varejistas como Dick Sporting Goods (NYSE: DKS) e Foot Locker (NYSE: FL), buscando vender seus calçados diretamente aos consumidores. Enquanto isso, a Skechers tem cerca de 5.300 lojas próprias em todo o mundo e também construiu relacionamentos com parceiros.
A empresa viu suas vendas aumentarem 16% no terceiro trimestre em comparação ao ano anterior, atingindo um recorde de US$2,35 bilhões. E o lucro por ação cresceu 36%.
Endossantes de renome
A Skechers entrou no segmento de calçados atléticos de alto desempenho e contratou celebridades para endossar seus produtos, algo que havia evitado anteriormente. Seus porta-vozes incluem o astro do basquete Joel Embiid e o craque do futebol Harry Kane.
A empresa também vende alguns calçados caros. Sua linha de basquete endossada por Joel Embiid tem preços que variam de US$80 a US$185.
A estratégia da Skechers não é competir diretamente com as grandes empresas por suas celebridades. “Você as recebe porque o mercado não cuidou delas”, disse o diretor de operações da Skechers, David Weinberg, ao The Wall Street Journal.
Cerca de dois terços das vendas da empresa vêm do exterior, em comparação com 47% da Nike. A Skechers afirma que suas vendas na Índia superam as da Nike. Ela atende a uma base de clientes menos privilegiada do que a de seu maior concorrente.
Wall Street otimista
Os analistas de Wall Street notaram o sucesso da Skechers. Muitos deles têm classificações de compra para a Skechers, mas lembre-se de que os analistas são notoriamente excessivamente otimistas.
O UBS é um dos entusiastas, vendo a Skechers no caminho certo para atingir sua meta de receita de US$10 bilhões em 2026. A receita registrou US$8,7 bilhões nos 12 meses até setembro.
O UBS prevê um crescimento anual composto de 16% para os lucros da Skechers nos próximos cinco anos.
“Nossa opinião é que o mercado subestima significativamente a força da marca Skechers e o potencial de crescimento da receita da empresa”, disse o UBS, conforme citado pela MT Newswires.
O autor possui ações da Nike.
