Você talvez nunca tenha ouvido falar da seguradora de bens e acidentes Markel Group (NYSE: MKL). Mas as ações da empresa, com valor de mercado de US$ 25 bilhões, subiram 26% no último ano.
Assim como a Berkshire Hathaway (NYSE: BRK), a Markel investe o dinheiro que arrecada com prêmios de seguros em outras empresas. Essas empresas atuam em setores como materiais de construção, equipamentos para padarias e tecnologia.
O CEO da Markel, Tom Gayner, é um fã fervoroso do CEO da Berkshire, Warren Buffett, optando por investimentos de longo prazo. Ele acredita que isso explica grande parte do sucesso da empresa.
A receita operacional da Markel mais que dobrou, chegando a US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, ante US$ 410 milhões no mesmo período do ano passado. A receita operacional subiu 24%, totalizando US$ 4,6 bilhões.
Uma história de nove décadas
A Markel começou em 1930 com foco em seguros para táxis e outros meios de transporte, e mais tarde expandiu suas linhas de seguros. Nas últimas duas décadas, a empresa tem investido em companhias públicas e privadas, sendo proprietária total de algumas delas. Desde que abriu capital em 1986, a taxa composta de crescimento anual das ações tem sido de 15%.
Entre as ações que possui estão Berkshire, John Deere (NYSE: DE), Amazon (NASDAQ: AMZN), Caterpillar (NYSE: CAT), Alphabet (NASDAQ: GOOGL) e Apple (NASDAQ: AAPL).
Um fator que ajuda a Markel é que ela não se compara a índices de referência de Wall Street, como o S&P 500, nem mesmo à Berkshire, disse Gayner à Barron’s. Quando as empresas priorizam medir seu desempenho em relação aos concorrentes do setor, podem acabar se distraindo, disse ele à Barron’s.
É claro que a empresa já teve prejuízos em alguns de seus negócios de seguros e saiu de algumas linhas especializadas. Por exemplo, vendeu os direitos de renovação de seu negócio global de resseguros para a Nationwide neste mês.
Ainda assim, Gayner acredita que a estratégia atual da empresa está funcionando bem e vai continuar a utilizá-la.
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