Meta (NASDAQ: META) pode superar seus problemas com antitruste

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A Meta Platforms (NASDAQ: META) tem enfrentado dificuldades nas últimas semanas, com suas ações caindo 30% desde 14 de fevereiro devido a preocupações com o processo antitruste do governo contra a empresa.

No julgamento iniciado em 14 de abril, a Comissão Federal de Comércio (FTC) acusa a empresa de ter comprado o WhatsApp e o Instagram para eliminar a concorrência e pede que a Meta seja dividida. A Meta também é dona do Facebook, é claro.

Apesar do julgamento, as perspectivas para a empresa são positivas de várias formas. Primeiro, há uma boa chance de que a ação do governo fracasse. Segundo, mesmo que tenha sucesso, há uma possibilidade de que a divisão da empresa seja benéfica para os acionistas. E terceiro, o desempenho dos negócios da Meta tem sido sólido nos últimos meses.

Esses fatores podem explicar por que as ações da Meta superaram outros membros do grupo dos “Sete Magníficos” —Alphabet (NASDAQ: GOOGL), Amazon (NASDAQ: AMZN), Apple (NASDAQ: AAPL), Microsoft (NASDAQ: MSFT), Nvidia (NASDAQ: NVDA) e Tesla (NASDAQ: TSLA) —neste ano. A Meta caiu 13% até agora em 2025, bem menos do que a queda de 20% das sete gigantes da tecnologia como um todo.

A formidável defesa da Meta

Quanto ao caso antitruste, a Meta parece ter uma defesa robusta. Existem vários concorrentes prósperos no espaço das redes sociais, como TikTok e Reddit. Portanto, é difícil argumentar que a Meta criou um monopólio.

Além disso, o governo aprovou essas aquisições quando ocorreram, então, na época, não viu problemas significativos em termos de antitruste. A Meta adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão em 2012 e comprou o WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014.

No entanto, o governo está apresentando alguns e-mails comprometedores de Mark Zuckerberg. Em 2008, ele escreveu que “é melhor comprar do que competir”, e em 2012 disse que queria comprar o Instagram para “neutralizar um concorrente em potencial.”

Vantagens da divisão da empresa

Mas se os tribunais realmente decidirem dividir Instagram, WhatsApp e Meta (incluindo Facebook) em três empresas separadas, isso pode acabar beneficiando os acionistas. Atualmente, a Meta não fornece dados detalhados sobre cada um dos três aplicativos.

Portanto, se eles fossem empresas distintas, investidores teriam mais informações individualizadas, o que tornaria mais fácil a definição dos seus valores de mercado.

Analistas dizem que o WhatsApp é a unidade de mídia social da Meta com o crescimento mais rápido, seguido pelo Instagram e depois pelo Facebook. Após uma separação, investidores poderiam escolher se querem investir em uma ação focada no crescimento ou no valor.

Em qualquer um dos casos, a Meta tem apresentado lucros sólidos nos últimos trimestres, apesar de ter investido US$ 45 bilhões em realidade virtual aumentada (o metaverso) nos últimos quatro anos, sem grandes resultados até o momento. A receita saltou 21% no quarto trimestre em relação ao ano anterior, atingindo US$ 48 bilhões, e o lucro por ação aumentou 50%. Ambos os números superaram as estimativas dos analistas.

A Meta continua sendo uma empresa de publicidade, com 97% de sua receita proveniente desse segmento. A empresa representa cerca de 21% dos gastos com publicidade digital nos EUA, segundo a Emarketer. E as oportunidades de anúncios da Meta devem aumentar, pois fontes do setor preveem que os gastos totais com anúncios online nos EUA crescerão 47% este ano, chegando a US$ 456 bilhões, após um aumento de 15% no ano passado.

Portanto, a Meta pode estar aproveitando ventos favoráveis, mas pode não ter um mar tão tranquilo à sua frente.

Nota: O autor possui ações da Meta.