A E.l.f. Beauty (NYSE: ELF) está conquistando tanto clientes quanto acionistas ultimamente, à medida que a empresa de cosméticos expande sua atuação internacional e investe em marketing nas plataformas de redes sociais.
A empresa, que vende cosméticos mais acessíveis, está investindo pesado na divulgação de seus brilhos labiais, sombras e produtos para cuidados com a pele no TikTok, onde os membros da geração Z buscam informações sobre quais marcas estão em alta, mantêm suas relações sociais e recebem notícias e entretenimento. A E.l.f. Beauty aumentou seu orçamento de marketing e investimentos digitais em 5%, totalizando US$ 78 milhões durante o primeiro trimestre.
A E.l.f. Beauty não apenas vende seus produtos em varejistas como Target e Dollar General, mas também diretamente aos consumidores por meio de seu site, oferecendo aos clientes fiéis promoções como frete grátis, produtos em miniatura gratuitos e itens bônus, além de entrega automática, em que os produtos são enviados regularmente. A empresa incentiva os clientes a postarem suas fotos nas redes sociais por meio da galeria “se.l.f.ie” e oferece um desconto de 20% para estudantes quando os produtos são comprados diretamente em seu site.
A animada estratégia de anunciar e se promover no TikTok parece estar dando resultado. A E.l.f. Beauty informou que as vendas líquidas aumentaram 9%, totalizando US$ 353,7 milhões durante o primeiro trimestre.
As ações da empresa subiram 104,5% nos últimos seis meses. O preço caiu para US$ 133,93 em 5 de setembro, após atingir o pico de US$ 217,40 em 1º de março de 2024. Mas, nos últimos cinco anos, as ações aumentaram impressionantes 601,57%.
A E.l.f. Beauty é uma das poucas empresas de cosméticos que está se saindo bem tanto com investidores quanto com clientes. Outras gigantes do setor, como a Estée Lauder (NYSE: EL), viram suas ações caírem no decorrer do último ano.
As marcas de beleza estão enfrentando margens de lucro cada vez menores devido às tarifas e às altas taxas de juros, enquanto os gostos dos consumidores mudam com facilidade. Os clientes estão lidando com seus próprios desafios, já que os preços de alimentos e aluguéis aumentaram e as perspectivas econômicas parecem incertas.
Mas, como os produtos da E.l.f. Beauty são mais acessíveis para consumidores com orçamento limitado, a empresa está confiante de que pode manter seus clientes atuais e conquistar novos. A empresa está trabalhando para aumentar sua participação de mercado, especialmente em países fora da América do Norte. Alguns de seus produtos ainda são vendidos por apenas US$ 3 e 75% de seus itens custam menos de US$ 10, o que atrai consumidores que gostam de comprar maquiagem e produtos para cuidados com a pele, mas não querem gastar muito dinheiro.
O potencial de crescimento da participação de mercado da E.l.f. Beauty parece ser alto.
“Recomendamos a compra de ELF, pois acreditamos que se trata de uma história de crescimento estrutural impulsionada por inovação, marketing cativante… bem como pelas oportunidades de crescimento internacional e no segmento de cuidados com a pele”, escreveu o analista Oliver Chen, da TD Cowen, em uma nota de pesquisa.
A empresa, com valor de mercado de US$ 7,5 bilhões, informou que as vendas nos EUA cresceram 5% no primeiro trimestre. As vendas internacionais, que representam menos de um quinto da receita total, já aumentaram 30%, à medida que seus produtos são vendidos em mais países.
As vendas durante o segundo trimestre podem crescer dois dígitos. A diretora financeira Mandy Fields estimou uma taxa para o segundo trimestre “acima do crescimento de 9% nas vendas líquidas” em comparação com o primeiro trimestre, segundo a sua teleconferência de resultados. Mas o analista do Deutsche Bank, Stephen Powers, fez uma previsão maior de aumento de 20% nas vendas durante o segundo trimestre.
A compra da marca de cuidados com a pele Rhode, concluída no início de agosto, ajudará a gerar mais receita no futuro, já que ela produz mais de US$ 50 milhões em vendas a cada trimestre.
A E.l.f. Beauty tem muitas oportunidades de crescimento, apesar das tarifas poderem reduzir sua margem de lucro. A empresa pode superar seus concorrentes maiores, cujos preços estão acima do orçamento dos consumidores da geração Z.
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